terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MONOCROMÁTICO

Porta de casa, cozinha, leite, corredor, quarto, computador, livro, cama, abajur, abajur, abajur, abajur, sonho. Sol, cama, corredor, sala de estar, panqueca. Minha vida na minha casa virou monótona. Consigo contar meus sorrisos nos dedos. O que há comigo? Te desenho, te rabisco, te pinto, mas não te sinto. Será que é errada essa “dependência” ? Eu nunca fui assim antes. Quanto mais o tempo passa mais eu quero ficar perto. Mais planos faço, e mais sonhos bons eu tenho. Tudo bem... Sempre ouvi dizer que não precisamos de ninguém para ser feliz, e realmente não precisamos. A palavra não é PRECISAR. A palavra é querer. Ouvi uma vez também, que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Mas isso não quer dizer que não podemos viver juntos. Quando estou com ele minha criatividade triplica, minha felicidade aumenta, meu coração bate rápido e deliciosamente o tempo inteiro, e o mundo ganha cores. Eu que sempre sonhei em morar sozinha, em viajar sozinha. Hoje não mais. Hoje a minha paz é maior junto. A minha solidão é tormento.
Não é novidade nenhuma casais que moram separados e namoram a 4 anos, 5, 6 anos. Isso se chama medo. Medo que todos temos estou errada? Porque estraga não é? Hoje eu penso, estraga porque? Convivência demais? Acordar e dormir juntos todas as noites? Não sei. Agora começo a pensar que isso é coisa de quem não acredita no amor. Posso estar extremamente apaixonada, mas tenho cara de desafiar tudo isso. Acho que com respeito, foco e muito amor tudo é possível.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ACORDADA

Eu e a minha insônia. Minha insônia do trabalho mal realizado. Minha insônia de desenhos mal feios. Minha insônia de tintas espalhadas pelo quarto, de cartas escritas, de conversas comigo mesmo, de filmes no Tele Cine, de pensamentos a mil. O sol já nasceu. Deitada na cama. Cansada. Me levanto rapidamente em um impulso extremamente estranho e vou até a janela. Onde enxergo a pequena roda gigante do parquinho em frente ao meu prédio. Olhos ardentes. Cara cansada. Chuva molhando meu cigarro. Meus pensamentos se desfazendo com a fumaça. Fumaça densa que observo seguir até desaparecer. Não durmo. Talvez não esteja pronta para fechar os olhos. Talvez seja a ansiedade de vê-lo ao anoitecer. Talvez minha vontade de entregar essa carta. Talvez de produzir algo. De desenhar certo. De... De sei la o que. Palavras tortas. Nesses escritos já corrigi erros ridículos de português. Minha mente esta parando de funcionar. Talvez eu precise dormir. Acho que preciso realmente dormir.

Boa Noite

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

VENENO

Com os lábios amargos
Chorando risos
Sinto me palhaça
Tua tamanha ignorância
Raiva intolerância
Eu com borboletas na barriga
Com risos e lágrimas no olhar
Perdida na tua imensidão
Na nossa dança de animais
Continuo transbordante
Avessa com a boca silente
Explodindo em vermelho
Desfiando em tua presença ardente
Não é proibido sonhar
Te risco te rabisco
Te bebo
Meu melhor veneno

sábado, 17 de janeiro de 2009

PAZ VORAZ

Penso
Percebo
O palhaço do circo chorão
Da mágica em pleno verão
Do vento que sentíamos cortar
Daquelas brisas leves perto do mar
Não enxergo mais paz
Agora o que vejo é voraz
Tua loucura me consome
Abre meu peito
Meus braços
Minhas pernas
Corroe minha alma e
Desconcerta meu reflexo

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

REVEILLON

Nesse Reveillon eu não vesti o branco da paz. Não comprei calçinha nova vermelha do amor, nem amarela do dinheiro, nem o verde da esperança, nem o azul, ou a violeta de sei la o que. Nesse Reveillon eu não fiz uma lista de metas e desejos. Eu vesti preto, uma calçinha velha, porem bonita (claro) branca e realizei os meus maiores desejos em um beijo de virada de ano iluminado por muitos fogos. O meu 2009 promete sozinho, sem que eu precise prometer nada. Ele chegou leve, sem preocupações e sem pressões. Quando eu olhava para o mar observando todos pulando as 7 ondas, me neguei. Me neguei pois se eu fosse até lá, de felicidade eu pularia o mar inteiro. Eu me senti completa. Nada me fazia falta. Éramos nós. Ele e eu. Na verdade a praia estava cheia. Ilha Bela no final do ano é um mar de gente e uma areia de gente também! Mas egoísta ou não estavam todos desfocados. Na minha história eu não sou a protagonista, eu sou a autora, eu decido através de minhas palavras pensadas por onde eu quero andar. O protagonista é ele. É ele que da o sentido. É ele que me faz escrever linhas tortas e mudar a minha história a cada dia. E ela muda. Ela muda com um telefonema, com um sorriso a mais ou um a menos. Ela muda com as palavras que me diz, com o jeito que me cala, com os planos que fazem sonhar. O meu Reveillon compensou o meu não-Natal, foi nele que tive o gosto de ganhar presentes, de desembrulhar papeis brilhantes, e de abraçar quem eu amo. Me disseram uma vez, que as coisas que fazemos no Reveillon faremos o ano inteiro. Então 2009 será, e já começou a ser o meu ano de amar.
That's all

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

CABIA

Se via o mar, areia, pedras imensas, se via o sol, a lua e um monte de estrelas...
Sentia arrepio, a brisa, tesão, felicidade, cansaço, ressaca, calor, coceira de borrachudo e amor...
Cabia alegria, cabiam milhares de sorrisos, cabia areia, cabia um colchão, cabiam histórias, cabiam beijos intermináveis, cabiam formigas, pernilongos, roupas, abraços, carinhos, massagens, poses, fotos, TUDO.


Tudo dentro da barraca verde com vista para o mar...




Feilz 2009! Muito amor, muita paz, muitas realizações para todos!