domingo, 30 de novembro de 2008

O CRIME PERFEITO


Preciso escrever sobre o medo. Preciso escrever meus segredos e aliviar a dor do medo.
É tão forte que vezes sinto vertigem. Meu mundo anda girando sem parar. E eu já não pertenço mais a mim. Você me levou tudo. Foi um crime perfeito, tão bom que sem vc eu não faria mais sentindo. A minha coragem enfraqueceu. Estou irreconhecível para todos os que cresceram comigo.Eu estou somente amor. Transbordando em dor. O amor trás consigo o lado difícil. Entenda eu nunca soube sentir ciúmes. O medo de perder é avassalador. Mas suas palavras me fortalecem. Me regue com elas diariamente para que eu continue crescendo. Essas palavras eternas e puras. Minha vida é outra. Agora eu tenho uma vida ilustrada. E uma vontade maior do que antes de conhecer o mundo. Mas desta vez quero acompanhada. As histórias cabem entre eu, vc e uma barraca. Não. As histórias cabem a nós. Nada cabe entre nos. Não existe nada entre. Existe com, pode existir atrás, na frente, mas nunca entre a gente. Confusão. 5:06 da manhã. Minha cama esta grande demais.

Meu sono se foi

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

GRANDE

Lembra quando eramos crianças, quando ganhávamos um brinquedo novo? E ai a gente saia mostrando para todos, levava no colégio no dia de levar brinquedo, queríamos jogar com todos os amigos. Engraçada a comparação mas é como eu me sinto com meu namorado. Eu quero sair por ai mostrando ele pra todo mundo. Quero que as minhas amigas e amigos vejam, alem do tamanho da minha felicidade, a causa dela. Não quero que ele acompanhe minha vida, quero que viva ela junto comigo, porque assim é mais gostoso. Acho que pra valer mesmo tem que sentir junto, essa coisa de "vai enjoar" me irrita... mas se enjoar é porque não era pra ser. disse, escrevi. Tempo é tempo, não existe tempo certo ou tempo errado, cada um tem o seu que nem rs! E o meu tempo é o presente, e eu quero apresentar pra Deus e o mundo, para os meus amigos, pra minha família, e se eu tivesse um cachorro apresentaria também. Se é pra ficar junto, então fica direito, como diz o mestre "odeio quem me rouba a liberdade para não me oferecer a verdadeira companhia"! Ah eu me entrego e pronto. Se quebrar a cara quebrou. É pra viajar agora, mesmo estando a pouco tempo juntos? Vamos, vamos hoje a noite, só quero o tempo de arrumar minhas coisas. Eu sou taurina costas quentes. As coisas costumam dar certo pra mim, me ferro as vezes e me recupero logo em seguida de um jeito muito melhor.

Chega. Meus chefes saíram da reunião. E eu me sinto mais leve.

Sexta feira então? D.E.L.I.C.I.A

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

CORES


Misturava as tintas com olhos de quem quer comer. Eram tons puros, daqueles guaches que a gente tinha quando éramos crianças. Lembro como minha mãe olhava. E eu dizia.
- Eu quero ser Azul, ou verde, ou roxa, posso ser vermelha. Mas não quero essa cor que todos tem. Eu quero ser a colorida.
Ela ria. E eu me pintava. Pintava o rosto, pintava o cabelo sem dó e corria pro espelho para admirar as cores no meu corpo. As vezes eu colava papeis coloridos, papeis com texturas e jogava muita porpurina (FAFURINA) Como eu dizia na época.
Eu queria ser uma pintura. Eu queria ser um retrato de Picasso. Um rosto abstrato, com um corpo desenhado por Dali. Eu queria ser alguém que fizesse as pessoas pararem, que fizesse as pessoas sonharem. Eu queria apenas que todos se pintassem. Eu queria meu mundo das cores. O meu guache preto sempre sobrou, eu deveria ter uma coleção de guaches pretos. Os meus brancos eram sujos de todas as cores. Eu adorava colorir o branco.

Eu cresci adorando colorir o branco.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Meu Eu

Era de noite, e eu andava pelo escuro sozinha na casa grande. Eu lembro tão bem como se fosse hoje. Sentia um cheiro estranho e uma vontade de vomitar terrível. Mas eu estava só e tudo me assustava. O barulho do atrito no carpete bege e velho me fazia tremer. Pensava que veria algo, pensava tão forte que quase via. Acendi uma vela e um cigarro pra me fazer companhia. Seguia respirando fumaça com a cera queimando minha mão. Droga não achei um maldito prato para apoiar. O telefone infeliz não funcionava, por isso sempre preferi as coisas velhas, como um fio faz falta.Era a minha caminhada até a janela que dava para a rua, em passos pequenos, e leves por causa do atrito. Não encostava em nada, por mais que sabia onde estava a parede tinha medo, medo de de repente encostar em alguém. Evitava sair correndo. Pânico. Pensei em jogar o cigarro, mas a fumaça me acalmava. Para onde tinham ido todos, e a luz? Era só a luz que eu desejava naquele momento. Piso frio. Sala de Estar. Escura. Queria gritar o nome do meu cachorro, mas não. Não fazia nada a não ser andar quieta. Suada. Minhas mãos doíam queimadas. O latido do cão me fez derrubar a vela que se apagou. Imediatamente me abaixei atrás do bar e la fiquei, e fiquei. Eu desejava desmaiar e acordar com a luz. Faltava pouco. Carpete de novo, desta vez macio. Sala de Jantar. Eu esbarro na pequena estante do vaso e o derrubo, o barulho do vidro naquele silencio absoluto foi escandaloso e eu gritei. Gritei forte, alto e com medo. Gritei como se fosse um ultimo grito. Me arrepiou a alma senti medo do grito e chorava. Chorava alto. Tinha medo do choro alto. Tinha medo do grito. Tinha medo do eco. Tinha medo do pensamento. Tinha medo do escuro...

Eu tinha medo de mim.

mais OU menos


Já repararam como temos mania de estipular um tempo certo para as coisas? O meu tempo é agora, e se chama presente. Eu que nunca esperei nem um segundo sequer para tomar uma atitude pretendo continuar assim. Porque acreditem em mim, essa semana, ou esse mês, ou até mesmo esse dia que vc espera para fazer ou dizer algo pode causar uma mudança de rumo violenta na sua vida. Qual o tempo certo para um tempo no relacionamento? Qual o tempo para um novo? O tempo certo não existe, e sim, existe o seu tempo, o tempo que vc esta pronto pra outra, e recuperado. Também não vale a frase que eu mais desgosto nessa vida “ o que os outros vão pensar” Ah quer saber? Eu não quero saber! Nunca quis, sempre dei a liberdade para acharem de mim o que bem quiserem, e assim eu sigo feliz, livre e despreocupada, porque quem sabe da gente é só a gente mesmo, sabemos porque agimos dessa ou daquela forma, porque é claro, somente nós sabemos o que sentimos. Eu sou um corpo recheado de emoção, não costumo pensar muito antes de agir. Eu sinto e faço, e vou sentindo e fazendo. Quebro a cara, ralo o joelho, fico engasgada, enfim, dou um nó em mim mesma, mas essa vida é feita para ser sentida. Daria eu uma ótima atriz de novela mexicana talvez, gosto dos sentimentos extremos, gosto de borrar a maquiagem e me olhar no espelho, gosto de rir até o maxilar doer, mas detesto cara de mais ou menos.

Mais OU menos, entende?

Ou um OU outro.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DOR FOSSA E FORÇA


Sejamos francas quem é que nunca sofreu por amor?
É como se estivéssemos em um buraco sem fim, e vamos caindo, e caindo... Me prometam uma coisa, vamos levar essa dor até o limite. SIM. Esconder não ajuda, fingir não engana. Leve a dor com vc, chore, ta valendo até Celini dionall by myself” Um pote de sorvete, um filme romântico e um edredon. Uma horaa dor atinge o limite, e se cansa. Depois disso a vida volta, o brilho dos olhos voltam e um novo amor aparece certo? É complicado ter que controlar algo que foge do nosso controle. É errado culparmos alguém por não querer mais estar com a gente. E la vou eu de novo citar o Jabour, não se pode dizer “namorei 3 anos e não deu certo” e sim “meu namoro deu certo durante três anos”. Eu penso assim. A vida pode mudar a cada segundo e nós precisamos estar prontos sempre para dar todas as voltas por cima, mesmo que de volta em volta venha uma fossa. Depois da fossa vem a força. E assim somos imortais. Quando sua vida mudar de um dia para o outro aproveite para se reinventar e para se reescrever. Vire as páginas escritas, não as rasgue, assim como não podemos rasgar nenhum capítulo de um livro, pois se não perde o sentido. Vire-as até chegar a uma em branco. Pronto. E agora comece a escrever um novo capítulo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A PROCURA

Descontrole... A pouco escutei uma coisa que não sai da minha cabeça. Ele perguntou se eu colecionava amores. Eu tremi. Mas foi quando me falou sobre isso de novo, me olhando nos olhos, aqueles olhos com medo me perguntaram se virariam somente alguns textos. Me senti apavorada em estado de gelo. De cara respondi que não. Mas a resposta não é bem essa. E agora vou falar por todas. Nós queremos amor. Encontrar isso não é nem de longe fácil. Podemos encontrar pessoas legais e compreensivas, mas que não nos arrancam o coração pela boca, podemos encontrar pessoas que nos deixam loucas, mas que não suprem a necessidade de proteção. Enfim. Eu tive alguns namorados, e algumas paixões que não foram coleções. Foram a minha procura, os meus achados que perderam o brilho em algum instante. O que eu sinto agora é novo. De repente começo a acreditar que as histórias de amor nos filmes, até as mais absurdas possam ter acontecido. É um amor de bicho, é pele, olhos, ahh eu poderia ficar olhando para eles por horas, é cheiro, que eu poderia sentir até debaixo d’água. Não procuro por histórias passageiras, o que eu procurava acredito que já encontrei. Penso que poderei escrever sobre isso uma vida toda.

Entenda. E agora é com vc.

Somos só vc e eu.
Não, melhor...

Somos vc, eu o nosso amor e essa chance. Topa?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ARREPIO



Voltei!
Voltei com uma música que anda arrepiando minha alma por ai...

Sentidos
Zélia Duncan
Composição: (christian Oyens/zélia Duncan)

Não quero seu sorriso
Quero sua boca
No meu rosto
Sorrindo pra mim
Não quero seus olhares
Quero seus cílios
Nos meus olhos
Piscando pra mim
Transfere pro meu corpo
Seus sentidos
Pra eu sentir
A sua dor, os seus gemidos
E entender porque Quero você !
Não quero seu suor
Quero seus poros
Na minha pele
Explodindo de calor.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

EXTASE

Por motivos de força maior. Por uma felicidade grande e absurda que não me deixa em paz. Por ter escutado no rádio uma musica que dizia "é melhoor morrer de amo do que viver em paz, é mais fácil amar de novo do que olhar pra trás". Porque não durmo mais do que 3 horas, que não me canso de sentir o que sinto, e não quero perder isso dormindo. Por motivos que até mesmo eu desconheço.

Volto semana que vem.

sábado, 8 de novembro de 2008

BANCO


Será que vc veio para me fazer infinitamente feliz? Me jogou no chão e me deixou sem escolhas. Agora eu que nunca esperei por nada, espero. Espero para ver se é real, ou não. Espero pra ver se quebrarei a cara. Olha eu acredito em vc, coloque aqui sua mão no meu peito, sente? Sei que sim, como bate não? Bate tão forte que às vezes temo que atravesse meu peito, bate tão forte que penso que jovem poderei ter uma taquicardia louca, me falta ar, me falta direção. Entenda, eu moro nessa cidade a 22 anos, e sou perdida, morro de medo de errar os caminhos, e vc me fez esquecer os poucos que eu sabia. É gravíssimo. Me desculpa mas não posso te encontrar o tanto que eu gostaria, ou o quanto gostaríamos. Já falei que suas palavras são eternas, o quanto vôo quando me segura nos braços, mas eu preciso me preservar um pouco entende? Eu espero poder jogar, esse banco de reservas com certeza não é o meu lugar. Eu esperarei, mas esperarei aflita, engasgada com o próprio coração, e não entregue. Não me faça mudar de time...

That’s all

terça-feira, 4 de novembro de 2008

D.E.L.Í.R.I.O


Coração na boca, ofegante, me encontro em estado de delírio. Trabalhos esquecidos e obrigações pouco vistas. Um medo de dar nó na garganta e infinitas borboletas na barriga... Eu disse borboletas? Não, queria dizer mariposas enormes.
Meu número, era ele quem eu procurava. Não o conheço muito, mas do que conheço não mudaria uma virgula se quer. Não queria que fosse mais magro, ou mais forte, não queria que o cabelo fosse mais comprido ou mais curto, não queria que se vestisse de outra forma, que me falasse outras coisas, que me beijasse mais seco ou mais molhado enfim... Eu o quero assim do jeito que é, com todos os defeitos que vou vir a descobrir. E como o quero...
Estou estúpida, sem chão, sem eixo e sem palavras. É como se ele me consumisse só com olhar. Me tirasse tudo, e me acrescentasse muito mais.
Ando por ai com um medo que transborda meus olhos de água e ao mesmo tempo com uma alegria inteira, com um sorriso grande estampado. Queria poder explicar mas não consigo, queria poder dar um nome a isso, mas é impossível. O conheço a menos de uma semana. E tenho um sentimento maior que o tempo.

Se isso não é amor... Eu não sei o que é

domingo, 2 de novembro de 2008

AGONIA


Era de noite. Eram milhares de cores, e formas, e objetos por todos os lados. Mas o que mais me chamava atenção eram aqueles olhos pequenos e profundos. Eu poderia morar naqueles olhos e naquele abraço quente. Deitados no chão do quintal, com um embolado de sentimentos, eu não conseguia formular frases certas, eu não conseguia focar, ele havia me tirado do eixo. Estávamos fora da realidade, como se o mundo se resumisse aquele momento. Nada mais naquela hora nos importava, não sairíamos de la por nada. Eu estava em guerra com meu coração, silenciosamente o mandava parar de bater daquele jeito. Não, eu não poderia me apaixonar agora. Eu gostaria de poder mas não poderia. Não poderia pois eu não era a única dona daqueles olhos.... E a noite virou dia. O tempo passava e eu ia me perdendo mais e mais. Quando me levantei para ir embora, toda aquelas cores, formas e desenhos estavam embaçados, nada mais fazia sentido, e eu senti vertigem. Queria correr para nunca mais voltar a vê-lo. Queria empurra-lo com toda a força por ter me feito sentir o que eu senti sem poder retribuir. Eu poderia fazer tudo.....


Simplesmente fui embora.