quarta-feira, 11 de março de 2009

AMADA

Trilhos de portas, box, vidros, acrílicos, carpetes, o Sol queima mais forte no Centro da cidade e a minha obra segue cansada, com o desejo infinito de ser terminada. A faculdade que não acaba 5 anos de medições e projetos, urbanismo, conforto ambiental. A mãe carente, o irmão com o ligamento do joelho rompido, a empregada com gastrite, eu cozinhando o jantar todo errado. O dinheiro indo embora sem perspectiva de novo emprego. E eu estou feliz! Eu disse feliz? Não, eu quis dizer infinitamente feliz! Porque como sabemos o amor nos salva! Ah e como salva! É chegar na casa de cadeado quebrado subir correndo as escadas, jogar a bolsa no primeiro canto e correr pro abraço, o abraço que espero sorrindo o dia inteiro para ganhar a noite, é como se uma bolha nos envolvesse e nada mais pudesse me atingir. Existe sensação melhor do que a de se sentir protegida do resto do mundo? É quando ele me levanta e perco o chão, literalmente. E depois do abraço, um beijo que exclui todas as preocupações, como se aquele beijo as jogasse para o dia seguinte. E no dia seguinte eu levanto sorrindo de novo, pois sei que sentirei de novo a melhor sensação do mundo. A sensação de ser amada, realmente amada.

terça-feira, 10 de março de 2009

SÁBADO

Nas manhas nas quais o cachorro acorda agitado, e faz do jornal vários pedaços. Acorda o meu ariano agitado, gritando enquanto eu tento abrir os olhos ainda grudados. E quando acordo recolho os pedaços, junto com o ariano ainda bravo, e o cachorro acanhado com cara de coitado querendo se esconder em algum buraco. Com o quintal impecável, o ariano calmo e o cachorro abanando o rabo, minha fome se confronta com a ressaca nas tardes de sábado. Litros de água sofá e televisão e a preguiça de sempre de ir ao supermercado. A hipoglicemia fala mais alto e chego ao ariano com cara de coitada, e ele me leva depressa para o supermercado. É o nosso almoço/Jantar de sábado que acontece as 18:00 hrs, o ariano é totalmente enrolado. Antes de sair de casa ele nota que esta sem o celular, a carteira e o cigarro. A busca começa, e é claro o cigarro no quarto, a carteira na sala e o celular descarregado. E quando eu entro na cozinha para ajuda-lo ele vira um chefe e eu o funcionário. Sempre dizendo que tudo o que faço esta errado. É nesse momento que me sento no sofá e o ariano senta ao meu lado e diz que me ensina e me leva de volta a cozinha e eu começo a picar, picar eu sei, cebola, tomates alho... O almoço/ Jantar enrolado do sábado ensolarado sai, seguido de um cigarro, que vem seguido de televisão abraçados. A noite cai, nós levantamos é quando o céu fica negro que lavamos o rosto e saímos da casa para tomar um pouco de Lua.

quinta-feira, 5 de março de 2009

SILENCIO

Quando o clima fica tenso e o ar pesado, quando há dor, angustia ou algum mal entendido, ele entra. Nossos olhos param e se focam. Ficamos próximos mas não há toques. Nem uma palavra dita, mas milhões de pensamentos, e mesmo com tanta bagunça interna nossos olhos continuam paralisados, eu te olho e você me olha. Enquanto isso os pensamentos vão se acalmando, o ar fica mais leve, e nosso olhos mesmo paralisados começam a brilhar. Os músculos relaxam, então desvio o olhar e vejo um pequeno sorriso em sua boca e sorrio também. Mexo minha mão querendo que me de a sua. E em um impulso quase que sincronizado um abraço, um suspiro, e sem nenhuma palavra dita um beijo de alivio. Um corpo sobre o outro. Os olhos antes paralisados se reviram. O suor se mistura. O amor se espalha... . .... .. ...

O nosso silencio nos salva.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Nossas Histórias

Não foi uma noite como outra qualquer. Foi uma noite intensa, na qual eu me perdi em meio ao passado dele. O passado era bonito era mulher e eu a via no meio de muitas pessoas, não sei o que eu sentia, não era medo, não era tristeza, não era felicidade, não era agonia, não era nada. Era somente estranho. Por tantas vezes eu o ouvi falando dela, eu ouvi histórias bonitas, engraçadas, enfim... Eu não queria sorrir muito largo para não fazer teatro, eu não queria ficar com os olhos empedrados para não parecer triste, eu queria ser simples, eu não queria chamar atenção, eu queria dar espaço para ela passar, eu queria ir embora, e queria ficar. Eu queria dizer oi, e também não conseguia me aproximar. Eu queria dizer que eu não sou ruim, que eu não escolhi ele pra amar. Eu queria dizer.... Mas ela com certeza não iria querer me escutar. Foi assim com a Claudia, que se apaixonou pelo João meu ex namorado (nomes fictícios) Enfim... Eu vou contar uma história pra vocês, eu namorei o João 3 anos até o dia que surgiu a Claudia uma mulher alta, magérrima, e peituda que trabalhava com ele (estagiária). Por algumas vezes eu fui ao escritório onde eles trabalhavam e cumprimentava a Claudia. Um dia eles resolveram ficar juntos. Passaram-se dois meses, e a Cristina irmã do João, super amiga minha me convidou para a Formatura, eu estúpida fui, a mãe do João junto com a Cristina e o pai vieram me buscar aqui em casa, já que o salão era bem pertinho, e eu já sabia que teria que encher a cara para aguentar. Como chegamos no começinho os amigos da Cris que eu conheço não estavam la. RESULTADO: Sentamos na mesa: Eu, A Cris e o namorado, a mãe e o Pai, O João e a Claudia. Sim isso aconteceu. Cumprimentei os pombinhos e a mesa entrou em um clima tão tenso que eu poderia cortar o ar com faca. O jantar chegou a mesa, e a minha reação claro, foi ânsia. Larguei meu prato na metade e desci para dançar e beber, chegaram os amigos e o clima melhorou junto com o álcool no meu sangue. Bom, hoje o João e a Claudia moram juntos, nunca mais o vi, o meu contato é somente com a Cris. Bom depois de uns 6 meses eu voltei pra mim. E comecei a escrever, e não parei mais. Porque imaginei quantos corações estavam se partindo no mesmo momento do meu. Por isso eu geralmente escrevo sobre o amor, a dor e tudo que vem junto. A minha história e a dela são parecidas como a de muitos outros.E eu estou nesse mundo para amar, para amar e escrever até o fim.